Quando o sequestro de Eloá Cristina Pimentel começou eu estava de licença médica e pude acompanhar o caso como telespectadora. Quando voltei a trabalhar, o pior já havia acontecido: a jovem de 15 anos havia sido baleada na cabeça e na virilha e teve morte cerebral. A outra adolescente, Nayara Rodrigues da Silva, também de 15 anos, foi atingida no rosto e passava bem. Moro em Santo André e o Hospital Municipal da cidade fica praticamente na minha rua, por isso pude acompanhar toda a movimentação de meus colegas fazendo a cobertura, nos mínimos detalhes, de todo caso. Na segunda-feira, dia 20 de outubro, já estava de volta ao trabalho e fui pautada para ficar de plantão no Hospital Municipal de Santo André. A família de Eloá decidiu doar os órgãos da garota e Nayara soube da morte da amiga naquele dia. Na terça-feira, fui cobrir o enterro de Eloá. Até a meia-noite de segunda-feira, vinte e sete mil pessoas haviam passado pelo cemitério e no dia do enterro mais de dez mil. Na quarta-feira voltei ao hospital, naquele dia Nayara faria o depoimento e deixaria o hospital. A equipe médica deu uma entrevista coletiva a imprensa, gravei um stand up e fui para tv, quando voltei para Santo André, muitos colegas que estavam comigo na coletiva continuavam no Hospital. Nos outros dia fui a delegacia de Santo André acompanhar alguns depoimentos. Aos poucos, o assunto foi esfriando e toda a loucura do caso "Lindemberg" saia de cena... A imprensa e o cotidiano dos profissionais voltava ao "normal".
domingo, 2 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Dica de leitura...Textos ácidos e sarcásticos, pra quem quer ficar por dentro dos assuntos políticos e dos últimos acontecimentos de forma leve.
www.mosaicodelama.blogspot.com
Boa leitura!
Postar um comentário